domingo, 1 de janeiro de 2012

First days in London









Assim que chegamos, fomos a um shopping bem legal. Na verdade, aqui a cultura nao e muito de shooping, mais de ruas como a Oxford Street, cheias de lojas com precos arrasadores, rs. Ainda nao fomos la, mas estamos muuito curiosas! Quanto ao shooping, descobrimos que e o maior da Europa, mt legal mesmo. E o melhor e que pudemos falar bastante ingles, com muitos vendedores, tipo uma situacao real de uso da lingua, no inicio meio assustadora, mas depois e tranquilo e a gente vai sentindo ja o ingles melhorando.
No dia seguinte (ontem), fomos as ruas para comprar alguma roupinha para o Ano Novo e acabamos enlouquecendo com os produtos de maquiagem. Mais tarde, New Years Eve (a noite de Ano Novo) foi incrivel! Cyntia, nossa amiga, na casa de quem estamos hospedadas por enquanto, preparou uma ceia linda para nos e para um casal de amigos italianos, Amadeu e Francesca.
Tinha sopa de lentilha, pesticos, uma salada que os italianos trouxeram, e um bolinho, parecido com panetone, tipico da Italia, que eles trouxeram tbm. Perto da meia-noite, fomos para perto da London Eye assistir a queima de fogos. O mais engracado e que, como aqui o tempo e sempre nublado, so assistimos aos fogos durante um minutinho, depois o ceu ficou coberto de nuvens e nao pudemos ver mais nada, so ouvir! hahah.. Pelo menos, nao choveu! rs...
Aqui o tempo engana muito a gente. Escurece quando sao ainda 4 horas da tarde, mais ou menos. Beeem diferente do Brasil, especialmente nesse epoca de horario de verao. Mas ate que nao esta tao frio, o que me surpreende.
Voltamos pra casa e encontramos as duas flatmates da Cythia, uma alema e uma estoneana. Tinha um polones chato aqui tbm, amigo de uma delas, e a Fernanda foi perguntar logo sobre Auschiwitz, ele nao gostou muito, rs... Mas logo depois ele foi embora.
E muito maneiro isso, em Londres tem gente do mundo inteiro. Esse lugar e incrivel!!! Tem principalmente mts muculmanos, que sao explorados. E uma grande mistura! Estamos amando essa oportunidade de conhecer tanta coisa num lugar so! Agora vou sair daqui pra tomar banho antes de ir pra um pub (pq eu sou brasileira!).

Beijos! ;)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Muito HUMOR para nós em 2009!

O que Aconteceria se os Homens Fossem Iguais às Mulheres
Luz abre e revela uma casa. Cômodas, ambientação, tudo mais.
Palco sem atores. Entra mulher no telefone.
Mulher(no telefone) Ai, amiga, me ajuda! Eu não agüento mais meu marido! Ele não me entende! Eu falo uma coisa, ele faz outra totalmente diferente! Parece que eu falo outra língua completamente diferente! Por quê que homem tem que ser assim?? (congela)
Narrador – As mulheres estão sempre reclamando de seus homens. Dos seus e de suas amigas. Dizendo que eles não prestam, que eles são ignorantes, que eles não servem pra nada. Mas chegou a hora de saber a verdade. Chegou a hora de descobrir: O QUE ACONTECERIA SE OS HOMENS FOSSEM IGUAIS ÀS MULHERES!
Pode parecer simples, pode parecer melhor, mas qual é a realidade? Por exemplo: as mulheres estão sempre reclamando da insensibilidade masculina e sua incapacidade de notar as coisas mais importantes. Mas e se a situação se invertesse?
Marido(dengoso) Meu bem, o Fluminense foi campeão e você nem reparou, não falou nada! Você sabe como esse time é importante pra mim e você foi incapaz de dar um gritinho de alegria, um berro pela janela. Nem pegar o carro e sair buzinando pela rua você pegou. A gente tá batalhando tanto a tanto tempo, custava... (mulher reaje para platéia de saco cheio)
Narrador – Aposto que ela não ia gostar disso! (mulher faz que não com a cabeça) E quanto ao senso estético? Como conviver com alguém que, ao invés de refrear suas neuroses estéticas, as supera em muito, devido à falta de tato do gênero masculino?
Marido 2 – AMOR! A gente não vai sair hoje!
Mulher – Mas por quê?
Marido 2 – Porque você não tem uma roupa que preste! Tudo passado, tudo demodê, tudo muito 2004.
Mulher – Como assim? E aquele vestidinho preto que a gente comprou semana passada.
Marido 2 – Te deixa gorda.
Mulher – COMÉQUIÉ???
Marido 2 – Te deixa gorda. Uma vaca. Parece que você vai parir um cervo. Eu não vou andar com você assim na rua.
Mulher(cabisbaixa) Puxa, tá bom... Mas eu queria tanto ir na casa dos Oristídes...
Marido 2 – Pois é, mas não vamos. Aproveita pra dar um jeito nessa cara que você tá mais oleosa do que chão de churrascaria. Só de olhar pra você eu já escorreguei três vezes.
Narrador – Outra questão, é o afago. Toda mulher é mais carinhosa que o homem, isso é um fato. Mas, como o homem é mais forte, isso não atrapalha o andamento do dia, vejam só:
Marido 3 – Querida, cheguei!
Mulher(vindo correndo) AI, AMOR, AMOR, AMOR, AMOR, AMOR!! (pula em cima dele e o agarra. Não solta mais. Ele tenta se desvencilhar, não consegue. Desiste e começa a fazer as coisas com ela agarrada mesmo, como se ela não estivesse ali: joga a chave na mesa, pega o jornal pra ler, etc.)
Narrador – Se o mundo fosse ao contrário, você não conseguiria se livrar com tanta facilidade.
Marido 3 - Querida, cheguei!
Mulher – Oi, amor, como foi o seu dia... (ele abraça ela de um jeito sufocante. Ela tenta se desvencilhar. Não consegue. Dá três tapinhas como se fosse jiu-jitsu. Não consegue. Começa a cobrí-lo de porrada. Ele a solta quando resolve e ela sai toda torta.)
Narrador – Toda vez quando o homem chega do trabalho e a mulher pergunta “como foi o seu dia”, o homem sempre responde coisas simples como “tranquilo”, “maneiro” ou “hmmmprfff”. O que deixa bastante tempo livre para suas estórias longuíssimas sobre aquela piranha da repartição que te odeia e quer te derrubar. No mundo invertido, isso não seria possível.
Marido 1(no meio de uma conversa longuíssima) Só que o Flávio não queria sair da xerox, porque ele é um retardado e demora horas. Nisso o almeidinha já tava marcando uma pelada, o que é bem escroto, porque ele nunca passa pra mim. E não é porque eu não tô livre, porque eu tô sempre livre – há! “sempre livre” – é pinimba mesmo, então por que... (mulher olha no relógio de saco cheio)
Narrador – Sem falar que agora ele ia querer sua atenção incondicional para coisas que você não ia querer participar.
Marido 2 – Meu beeem, vem cá! Assiste o jogo comigo!
Mulher – Mas eu não quero ver o jogo, eu tenho uma porção de coisa pra fazer... (marido faz biquinho) ...e nenhuma delas é mais importante do que ver futebol com você! Êêê!
Marido 2(comentando como se fosse novela) Então, esse daqui é o Cacá, ele é ponta esquerda. No ano passado ele teve uma contusão e ficou um tempão sem jogar, mas ele agora tá melhor e tá voltando pro campo. Aquele ali é o Édinho, ele trocou de time em 2005, a gente odeia ele, búúú... (pra mulher) Vaia, amor, vaia... Búúúú!
Narrador – E ainda existiriam vários outros dificultadores...
Mulher(tentando mover um móvel da casa) Hhhnnnnn... Gente, alguém pode me ajudar aqui? Alô, tá pesado! (Entram três homens juntos) Ai, graças a deus. Eu preciso tirar isso daqui pra... ei, aonde cês vão?
Marido 3 – A gente vai no banheiro. (saem de mãos dadas)
Mulher – Mas peraí, não pode ficar um, aqui, pra...
Narrador – Como vocês podem ver, não existe apenas um, mas vários motivos para gente ser como é. Inúmeras razões que comprovam que o mundo está melhor dessa forma, e assim deve continuar, para manter o equilíbrio do universo. Pensem nisso a próxima vez que reclamarem do seu marido. Eu poderia dizer mais ene razões para vocês admirarem os requintes do mundo machista. Mas infelizmente, eu estou de TPM.
E nunca se esqueçam: poderia ser pior.
Marido assistindo futebol, mulher passa atrás, leva um tapão na bunda.
Marido 1 – Mulher, pega a cerveja pa mim aê!
Mulher(sorrindo falsamente como num comercial de TV) Claro, amor... Claro!
Fim
Fernando Caruso

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais um ano se vai... E outro vem aí...

É engraçado que na virada de ano a gente olha pra si e pensa: "esse ano não fiz isso e aquilo que deveria ter feito...". E depois vem sempre aquele outro pensamento: "ano que vem vou fazer isso, deixar de fazer aquilo...". Me acostumei a viver essa época do ano assim. Mas, esse ano quero olhar para mim mesma sob outra perspectiva.

Quando olhar para trás, não quero ver pelo caminho traçado um monte de fracassos e entristecer meu coração. Quero, sim, pensar q apesar de cada dificuldade, cada perda, cada fracasso, consegui ir adiante e chegar onde cheguei, saindo vitoriosa de mais uma estrada.

É difícil encarar a vida dessa maneira porque o falso cristianismo alastrado em nossa sociedade, muito diferente dos princípios da vida que Cristo viveu, nos leva a sentir vergonha e culpa quando erramos. Mas, isso não faz sentido se observarmos essa passagem bíblica:

"E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me." Gn. 3: 6-10

Depois que pecou o homem se sentiu envergonhado, culpado e temeroso, e se escondeu. Mas, Deus apareceu no jardim como em todas as outras tardes para ter comunhão ele. Deus não se escondeu de Adão, foi ele quem se escondeu de Deus. Mas, a vergonha veio antes de Deus aparecer. Adão se sentiu envergonhado diante de si mesmo. Observamos, então, que o que causa vergonha e culpa no homem é o pecado e não a presença de Deus.

Mas, em nossos dias é o falso cristianismo, alastrado no Brasil, que provoca tais sentimentos nas pessoas. Existe uma cobrança desenfreada que não condiz com a personalidade do Cristo que dizemos seguir. Este que em toda sua vida na Terra, acolheu as pessoas, se compadeceu delas, não as julgou impiedosamente, não as olhou de cima, muito menos as renegou.

Vemos que a palavra da vez é sempre SANTIDADE. Porém, o que não se percebe é que se vivermos e pregarmos a GRAÇA, a santidade será um conseqüência. Porque quando nos aproximamos de Jesus, pelo caminho da cruz, ele nos lava e purifica com seu sangue e, então, nos tornamos santos. Ser santo não é ser infalível. Ser santo é ser lavado no sangue de Jesus sempre que nos achegamos a ele.

Nesse fim de ano, que tal buscarmos a graça de Cristo para nossas vidas, ao invés de buscarmos fórmulas criadas para nos enquadrarmos a um sistema que não nos faz livres? Que busquemos a liberdade e não o cativeiro; a paz e não o sofrimento; a alegria e não a dor; o amor e não o ódio; a vida e não a morte.

Que a graça de Jesus nos cubra e que seu amor encha nossos corações.
Ah, boas festas (rs)!


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sábias palavras de C.S.Lewis...

Nossa, fiquei super feliz agora de ter encontrado um vídeo do C.S.Lewis. Ele é um dos meus escritores preferidos! Ouça vc também neste vídeo uma pequena palavra deste homem que já influnciou diversas pessoas pelo mundo com seus pensamentos, e me influencia bastante! Está neste link do Youtube (não é vírus, óbvio):

http://www.youtube.com/watch?v=NzwGXhfaapk

Vale a pena assistir!

Livros do C.S.Lewis que indico:

~ Cristianismo puro e simples

~ Os quatro amores

~ O problema do sofrimento (esse livro responde àquele questionamento: se Deus existe por que permite a dor, o sofrimento, fome, miséria, guerras? É bom para quem tem essa dúvida.)

~ Milagres

~ As cartas do inferno (esse livro é cômico, é muito bom para aprender alguns princípios se divertindo um pouco)

~ Peso de glória

~ As crônicas de Nárnia (não precisa nem de comentários, né)

Alguns sites disponibilizam versões destes livros para ler no computador. Se quiser, procure neles. Eu indico estes:

www.4shared.com

www.esnips.com

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Ilusão da Roda da Fortuna

Há um jogo que tem se difundido novamente no Brasil e, recebe nomes como Roda da fortuna, Corrente da felicidade, Círculo da amizade, entre diversos outros. Ele promete a multiplicação do seu dinheiro sem nenhuma explicação lógica, mas é apenas uma ilusão. É verdade que há pessoas lucrando com ele. Mas, a porcentagem de pessoas que lucram é equivalente a 12,5% do total de participantes. Este número representa bem menos da metade do grupo, que vai se disseminando e atraindo sempre mais pessoas para que estes “privilegiados” que estão entre os 12,5% possam de fato ganhar.

Então, há dois problemas neste esquema que o destinam a um fracasso inevitável. Um deles é a possibilidade de dar o dinheiro proposto e não receber a quantia “multiplicada”, nem o que foi empregado de volta. Afinal, não há uma pessoa que se responsabilize por isso, portanto, não há a quem cobrar. E o outro problema é a possibilidade de lucrar sim, mas lesando outros. Isto é crime (art. 2º, inc. IX, Lei 1521/51). Mas, seria difícil a condenação de quem comete esse delito através desta prática, entretanto, não é porque não se cumpre a pena que isto deixa de ser uma prática criminosa.

“Mas, se a roda não acabar nunca, não existe este risco” é o que afirmam os que, agindo ou não de má-fe, aliciam outras pessoas para o grupo. Então, a réplica é: qual é a probabilidade de este jogo não acabar nunca? Simplesmente, 0%. Afinal, mesmo que se acredite na eternidade, a maioria esmagadora das religiões e seitas propaga a fé numa vida eterna em que não se encontra espaço para jogos de tão baixo calão como esse. Então, pensemos racionalmente: não há chances do jogo durar eternamente, portanto, se esta é uma condição para ele dar certo, ele está obviamente fadado ao insucesso.

Se você tem dúvidas ainda, vamos provar matematicamente que a probabilidade de lucrar com esse jogo é de 12,5% enquanto a de perder o dinheiro investido é de 87,5%. Para isso, entenda com funciona o jogo.

O esquema, em geral, se desenrola assim: cada pessoa dá R$ 100,00 com a promessa de receber R$ 800,00 depois. Mas, este dinheiro angariado no grupo inicial não se reproduz e tem crias, nem muito menos se multiplica milagrosamente por meio de um poder divino como os peixes e pães multiplicados por Jesus segundo a Bíblia.

Então como uma pessoa que investiu R$ 100,00 no grupo recebe de volta R$ 800,00?

A cada 8 pessoas que entram no grupo com essa quantia, se consegue dinheiro para pagar uma (100 x 8 = 800).

Isto quer dizer que quem ganha neste esquema representa somente 12,5% do total de indivíduos que investiram R$ 100,00. Acompanhe este raciocínio em que se utiliza a regra de três para comprovar esse dado:













Mas, como as outras receberão o dinheiro esperado também?

Cada integrante tem que indicar dois novos participantes que farão o mesmo que foi explicado anteriormente. Assim, se 8 pessoas indicarem 2 (como deve ser feito para que “a roda gire”), o grupo passará a contar com mais 16 pessoas (8 x 2 = 16), somando no total 24 integrantes (8 + 16 = 24).

Com o saldo do que foi arrecado em virtude dos que entraram, se terá R$ 1600,00 (16 x 100). Isto será suficiente para pagar apenas mais 2 pessoas (1600 : 800 = 2). Lembrando que uma pessoa já foi paga, contando com mais essas duas que receberão o valor prometido então, haverá 3 pessoas com seus R$ 800,00 em mãos. Enquanto isso, o número dos que estão a esperar já será de 21 pessoas.

Com isso, no fim de mais uma rodada, o número de ganhadores do valor que todos receberiam representa 12,5% dos envolvidos. Acompanhe este raciocínio em que se utiliza a regra de três para comprovar esse dado novamente:













Mas, o jogo continua e essas 16 pessoas que entraram (suficientes para o pagamento só de 2) terão que indicar 2 indivíduos também, como os outros fizeram para integrá-las. Então, entrarão mais 32 pessoas (16 x 2 = 32) para o grupo, gerando um total de 56 pessoas envolvidas (contando com as que já saíram após receber R$ 800,00). Cumprindo a regra de empregar R$ 100,00, elas arrecadarão para o círculo R$ 3200,00 (32 x 100 = 3200,00). Esta quantia, porém, trará a apenas 4 indivíduos (3200 : 800 = 4) os R$ 800,00 prometidos. Então, daquelas 21 pessoas que sobraram, 4 receberão esse valor, e restarão ainda 17. Mas, como 32 pessoas entraram nessa rodada, temos o total de 49 participantes (17 + 32 = 49) à espera.

Encerra-se outra rodada e, mais uma vez, o número de ganhadores do valor que todos receberiam representa 12,5% dos participantes. Acompanhe este raciocínio em que se utiliza a regra de três para comprovar esse dado:













Assim segue o andamento do jogo e num determinado momento é evidente que ele acabará. Quando isto acontecer 87,5 % das pessoas que se envolveram neste esquema desonesto se frustrarão. E outras 12,5% carregarão o peso dessa frustração nas costas, mesmo que nunca cheguem a pagar por isso pela justiça dos homens. Será que é pior perder R$ 100,00 ou lucrar R$ 700,00 sem trabalhar tendo tirado R$ 100,00 de outras 7 pessoas que se sacrificaram para recebê-lo?

Na verdade, seja qual for o seu caso ao se envolver nisto, tudo parte de um mesmo sentimento: a torpe ganância. Então, reflita sobre isto:

“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5:10)

“Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:13-14).


Obs. 1: O ciclo da roda envolve 15 pessoas, entretanto, como para que um ganhe é necessário um ciclo de 8 pessoas. Por isso, os cálculos foram baseados em 8 e não em 15. Mas, isto não interfere na probabilidade de ganhar ou perder a quantia empregada.

Obs. 2: Em momento nenhum, se afirma que todos que entraram no esquema, agiam de má-fe e tinham consciência de que estariam lesando outros (mas, a partir de agora, quem leu, sabe).

Obs. 3: Se ainda assim você quer ganhar dinheiro fácil, joga na loteria! Neste esquema, pelo menos, ninguém é enganado, todos sabem das suas ínfimas chances de ganhar. É mais honesto!

Queremos ser radicais e revolucionar, então por que não colocar isto em prática assim? Por que não agora? Muitas vezes é mais radical deixar de fazer algo que fazer alguma coisa (leia Daniel 1:8).

POR AMANDA DINUCCI

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu vício de entrevistas

Hoje eu posto uma entrevista da revista "Isto é" muito interessante pra vcs lerem e refletirem. O entrevistado é o Dr. Roberto Shinyashiki.
Vale a pena ler.

Isto É - Quem são os heróis de verdade?

Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

Isto É - O sr. citaria exemplos?

Shinyashiki - Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É uma pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete, por exemplo, o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

Isto É - Qual o resultado disso?

Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

Isto É - Por quê?

Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa.Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

Isto É - Há um script estabelecido?

Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O Aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar." É exatamente o que o Chefe quer escutar.Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

Isto É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

Isto É - Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

Isto É - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

Isto É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

Isto É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir mais facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

Isto É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

Isto É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida."

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Meu Português

Bem, aí vai um texto bem lúdico do Luís Fernando Veríssimo (escritor que gosto muito!) para inspirar quem pensa que "Português é muito difícil".

O Gigolô das Palavras










(extraído da coluna diária de Veríssimo, que na época era publicada, entre outros, no JB, Folha de São Paulo, Estadão e Zero Hora)

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa ("Culpa da revisão! Culpa da revisão!"). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.

Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos*, etimologistas** e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.

Notas:
* - Lexicógrafo é o mesmo que dicionarista; aquele que se dedica a definir palavras;
** - Etimologista é aquele que pratica a etimologia, ou seja, o estudo das origens e da formação das palavras de determinada língua; origem de uma palavra ou vocábulo; étimo.