quinta-feira, 24 de abril de 2008

O amor de Deus

AMOR É SÍNTESE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.



Esse belo poema de Mário Quintana me fez pensar muito durante esses dias de "dengosa". Já que não posso fazer nada em pleno feriado prolongado, só me resta pensar mesmo, né (risos).

Mas, é incrível como esse poema fala por mim! [Como pode um texto tão pequeno dizer tanto do que sinto?!] E aposto que falaria por vc que está lendo isso também, seja vc quem for.

Esse sentimento é comum a todos, eu creio, porque faz parte de nossas necessidades humanas esse amor. E acredito que seja porque esse amor é o AMOR DE DEUS, um amor real, profundo, intenso; um amor que cura, que consola, que anima, que transforma. Por isso quando lemos sobre isso, nos identificamos tanto, é o vazio de Deus em nossos corações que grita pelo seu amor puro e pleno!

Deus não nos recrimina independente do que façamos, não olha torto, nem olha do alto com arrogância. Quando estamos diante dele, ele não pára para analisar nossa sujeira. Se ela for muita ou pouca, não importa! Ele simplesmente faz como o pai do filho pródigo, corre para abraçar o filho e manda logo seus empregados trazerem roupas novas e limpas! Assim, toda sujeira, todo defeito, todo problema desaparece num piscar de olhos! Não é maravilhoso?! Isso é a GRAÇA!

Sabe o que estive pensando também: era isso que atraía as pessoas a Jesus quando ele andava como homem na Terra, esse acolhimento sem condições, sem reservas! Eu sei que será difícil algum dia amarmos as pessoas como ele amou, sem nenhuma restrição, mas se tivermos um pingo desse amor, multidões vão se chegar a nós! Esse abismo que os cristãos colocam entre si e o mundo é absurdo diante do evangelho de Cristo, temos que acabar com isso de uma vez!

AMAR, AMAR E AMAR, isso é o cristianismo, vai além de milagres, de poder, de cura. As pessoas precisam ver os milagres para crerem sim, mas precisam muito mais de amor. O mundo está clamando por isso, quando vamos ouvir?! Eu preciso ouvir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Que tal cuidarmos das nossas vidas?!

Vivemos, hoje, um momento em que a sociedade brasileira está "mobilizada" por algumas causas. Isso parece bom, não? Mas, de fato não é. É uma máscara bonita, mas que não mostra a verdadeira face desse povo na verdade imobilizado por suas próprias mobilizações.

Algo que podemos ver em todos os canais e em qualquer conversa, é a sensibilização do povo em relação aos que tem morrido em virtude da dengue, principalmente quando se trata da morte de crianças. Há uma revolta e uma cobrança que se direciona ao governo por não ter sabido administrar essa situação para que ela não chegasse ao caos atual.

Algo muito comum também atualmente, é ver as pessoas tentando advinhar como o pai e a madrasta da pequena Isabela Nardoni a assassinaram. Em qualquer esquina as pessoas discutem possíveis maneiras de isso ter acontecido, como se houvesse base para qualquer um fazer esse julgamento, e como se coubesse a nós, sem conhecimento de indícios e sem apresentação de prova julgá-los culpados ou inocentes.

Até mesmo o pedreiro envolvido no caso Nardoni, que acabou tendo seu nome citado em meio as investigações, mas que não era suspeito, seria apenas uma testemunha, declarou uma profunda tristeza e chorou em uma entrevista ao admitir que está sendo acusado de ser culpado pela morte da menina por vizinhos, que passam o dia inteiro gritando sua condenação sempre que ele está em casa. Ele confessou que seus próprios filhos, sendo crianças pequenas, incapazes de entender essa situação, estão com medo do pai. Será que isso é uma mobilização justa?!

Já é hora de parar de chorar pelos mortos por dengue e culpar o governo por isso, e começar a procurar em nossas casas e em nossa vizinhança os focos de dengue. O grande problema é que a culpa é sempre do vizinho, ninguém quer pensar que ficou doente por sua própria irresponsabilidade em manter possíveis focos no seu quintal. Já é hora também de cuidar dos que estão ao nosso redor e ainda tem vida para ser socorridos. Julgar quem é culpado pelo morte da Isabela Nardoni não irá ressuscitá-la, mas cabe a Justiça fazê-lo. Ao invés de não preocuparmos tanto com isso, deveríamos tratar melhor nossos próprios filhos, irmãos, pais.

Essa sensibilização toda é hipócrita e não leva a nossa sociedade a avançar em nada! Para avançarmos, precisamos de mais do que palavras, precisamos agir, mas antes disso temos que buscar qual é o verdadeiro sentido do termo "responsabilidade social".

*Não quero dizer que o casal Nardoni é inocente (pelo contrário, é exatamente esses julgamentos que estou criticando) nem quero dizer que a culpa da epidemia de dengue ter chegado a esse nível não é primordialmente do governo (e esse julgamento acho que deve ser feito, sim), e vc vai entender isso se entender o texto. Tudo quero é mostrar que há coisas mais PRODUTIVAS para fazermos das nossas vidas. A palavra é essa: produtividade! Nem tudo que fazemos é capaz de produzir algo, mas se não produz, de que vale? Que contribuição tudo isso tem trazido para nós? Nenhuma. Algo está errado então, não acham?!