sábado, 31 de maio de 2008

Meu aniversário de 5 anos

Nesse domingo, faz 5 anos que me encontrei com Deus e nos últimos dias estive pensando na minha história com ele...

Como todos devem saber, fui criada na igreja evangélica. Sempre pensei que Deus existia, afinal ouvindo isso desde cedo, fiquei condionada a pensar dessa forma. Então, eu acreditava nisso do mesmo modo que acredito (em tese... risos) que o homem foi à lua. Dizem que ocorreu, mas há controvérsias e eu não tenho fotos, vídeos, e não vi ao vivo acontecer. Ou seja, se trata exclusivamente de crer na palavra de outra(s) pessoa(s).

Até os meus 12 anos eu não sabia quem era esse deus, não havia me encontrado com ele (apesar de que hoje vejo que em algumas situações, como em sonhos, ele tentou se aproximar de mim, p me mostrar o quanto me queria ao seu lado, mas eu só consegui decifrar essas coisas depois que já o conhecia e pude refletir sob um novo ponto de vista). Eu acreditava num deus que estava no céu, completamente diferente do que eu conheço hoje, que anda comigo, vive comigo cada situação, me companha de perto, um deus totalmente pessoal!

Conhecendo novas pessoas e passando a congregar em outro lugar, percebi que Deus não era como eu pensava. Aquelas pessoas que observava na minha nova congregação adoravam a Deus como alguém presente, realmente vivo! Elas conversavam com ele, podiam ouví-lo! Não apenas faziam orações em que só se fala, fala, fala, e não há resposta. Comecei a me interessar em explorar esse ser desconhecido que era Deus. Meu coração começou a desejar conhecê-lo.

Foi então que, no dia do meu aniversário de 13 anos, orei e falei com Deus algo muito íntimo, que não havia comentado com ninguém e que ninguém poderia saber. Depois, pedi a ele que me mostrasse quem era, se realmente era um deus que poderia falar comigo como qualquer pessoa, como eu estava notando através de outros que era. Pedi que ele de alguma forma me mostrasse que podia me ouvir e falar comigo, que me conhecia verdadeiramente e sabia dessas coisas que eu tinha conversado antes com ele. Pedi a ele que sinalizasse seu interesse em ser meu amigo, se ele estava interessado de fato. Ah, eu não sabia a surpresa que me aguardava...

Passados alguns minutos, um homem dentre tantos outros que havia onde eu estava, que não ouviu a minha oração porque eu a tinha feito em pensamentos, que antes estava longe de mim, e não me conhecia, veio em minha direção e começou a responder todos aqueles meus questionamentos. Ele me disse que tinha um recado de Deus para mim e começou a responder cada coisinha que eu tinha dito só a Deus instantes antes! Eram palavras de vida e esperança! Eram as doces palavras de Deus!

Eu pude sentir a presença de Deus me cercando e me enchendo! Sentia arrependimento pelos meus pecados e uma vontade imensa de viver a partir daquele momento uma amizade íntima com ele e uma vida que agradasse a ele! Antes eu sabia que não deveria fazer algumas coisas, mas não conseguia deixar de fazê-las, mas depois daquele dia eu não precisava fazer aquela força para abandoná-las. Simplesmente, não tinha mais interesse por elas, porque tinha descoberto coisas muito mais interessantes para mim.

As coisas desse mundo deixaram de ter aquele brilho que antes tinham aos meus olhos. É claro que às vezes encaramos dificuldades em relação a algumas coisas, mas não é como antes. Nada é como antes! Não sou mais escrava das coisas do mundo. Mesmo se desejar elas, posso me desfazer delas porque o Espírito Santo vive em mim e ele é a minha força para isso! É como Paulo disse: "Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo." (Filipense 3:7)

Ah, como é bom ser livre! Como é bom desfrutar da vida que Cristo conquistou para mim! Mas, a jornada continua. Depois que conheci Deus e passei a chamá-lo de MEU Deus, muitas experiências vieram e muitas ainda virão! Oro para que também meus familiares e amigos vivam essa plenitude de vida que desfruto. Vale a pena! Não há prazer maior do que ser amigo de Deus!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Essa é pra subir na cadeira e gritar mesmooo!

As despesas com o Judiciário (que incluem o Ministério Público, a Defensoria e a Procuradoria do Estado) e o Legislativo do Estado do Rio (Alerj e Tribunal de Contas) chegaram a R$ 5 bilhões em 2007. O valor representa o dobro de tudo que o governo do estado gastou no ano passado com saúde, ultrapassa a despesa com segurança pública, que foi de R$ 4,3 bilhões, e corresponde a 90% do gasto com educação. A folha de pagamento daqueles órgãos, com 23 mil pessoas, consome quase 50% a mais do que se paga a 74 mil professores. O custo já representa 25% dos impostos arrecadados no estado, enquanto no país a média é de 16%. Só na compra de 148 carros de luxo estas instituições investiram R$ 8 milhões em 2007. Na compra de 2,4 toneladas de café sem licitação na loja de uma favela da Barra da Tijuca a ALERJ investiu mais de 100 mil reais.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um dos meus muitos protestos

Quero registrar meu protesto quanto a algo que tem acontecido comumente nos últimos meses. Creio que muitos não concordarão comigo porque fazem uso disso, mas não agüento mais essa modinha! Vamos ao fato então: virou moda colocar no seu nick do MSN ou junto com o nome no perfil do Orkut a palavra "luto". Vejamos o significado dessa palavra segundo o Moderno Dicionário da Língua Portuguesa:

"Tristeza profunda causada pela morte de alguém; dor, aflição."

Fala sério, alguém que coloca no seu nick algo do tipo "luto por Isabela Nardoni", sente uma profunda tristeza pela morte dela, sente dor por isso? É óbvio que não!

Essa deturpação do sentido de luto está me irritando. Será que essa geração é tão superficial que é capaz até mesmo de banalizar um sentimento como esse?! Eu nunca estive em luto, mas imagino como ele seria se a minha mãe, por exemplo, morresse. Tenho certeza de que o meu nick não seria a única coisa que mudaria na minha vida. Alguém que já esteve verdadeiramente de luto por uma pessoa querida, poderá entender até melhor do que eu o que estou dizendo.

Na última semana, morreu uma pessoa pela qual eu tinha uma afeição, Baixinho, o pipoqueiro. Sinto que com ele morre mais um elo com a minha infância, e agora restam poucos. Não vou fazer uma homenagem para ele porque isso deve ser feito enquanto a pessoa está viva e não quando ela já está morta e não pode acessar a internet para ler o que escrevo agora. Nem pretendo fazer menção de luto por ele na internet, mas já vi isso em alguns perfis do Orkut. Por isso, cheguei com esse assunto hoje aqui.

Seria hipocrisia demais dizer que estou de luto por causa dele e demonstrar minha solidariedade à família dele aqui, sabendo que eles jamais lerão isso, mas certamente vou orar para que Deus console cada coração em luto verdadeiro por esse homem muito querido. E vou sentir saudade dele e da sua pipoca! =)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Jorge Luís Borges - uma de minhas paixões atuais

“Creio que a poesia é algo tão íntimo, algo tão essencial, que não pode ser definido sem se diluir. Seria como tentar definir a cor amarela, o amor, a queda das folhas no outono... Eu não sei como podemos definir as coisas essenciais. Penso que a única definição possível seria a de Platão, precisamente porque não é uma definição, senão porque é um fato poético. Quando ele fala da poesia, diz: ‘essa coisa leve, alada, sagrada’. Isso, eu acredito, pode definir, de certa forma, a poesia, já que não a define de um modo rígido, senão que oferece à imaginação essa imagem de um anjo ou de um pássaro”.

“Sim, a arte da literatura é misteriosa. Não é menos misteriosa que a música. Bem, quiçá a literatura seja uma música mais complexa ainda que a música, já que nela se encontram não apenas a cadência das palavras e o som, senão as conotações, o ambiente e o sentido – uma poesia completamente insensata se não aceita: devemos pensar o que isso significou para alguém; sobretudo algo para a emoção de alguém. E isso é intraduzível.”

Jorge Luís Borges